Livro Luar


Livro Luar - Gæl


Luar
Capítulo I


O vento soprava dentre os galhos de carvalho, nos demais arbustos apenas um balanço, a mulher andava solitária pelo interior da floresta silenciada pelo vento, seus olhos eram vermelhos, tinha cabelos com uma densidade grande de fios pretos, por fim encontra um homem cuja face escondia-se dentro do capuz de seu manto. Ambos ficaram frente a frente, encarando-se por segundos com os punhos cerrados.
- Eu disse que você deveria ter trazido o Redentor para esse encontro Jeneerë!
- Eu mesma vim como representante oficial do Redentor, e você mago não deveria se dirigir a mim dessa forma.
- Acho que não devo mais respeito a uma desertora como você, inclusive os assuntos que preciso tratar são de plena atenção e interesse do próprio Redentor.
- Já lhe disse mago, o Redentor me deu ordens de representá-lo nesse encontro, diga logo o que quer insolente.
- Preciso de soldados da redenção para a maior batalha do nosso século.
- Qual o feito dessa vez?
- Sugadores malditos, estão formando um grupo de desordem, irão atacar o núcleo dos seis mundos, depois o rei dos sugadores, Walddor, ficará indestrutível.
- E o que lhe faz pensar que o Redentor irá ajudar vocês magos?
- Você acha mesmo que o Redentor confia em você Jeneerë?
- Não lhe devo satisfações mago, e acho que você está em péssimas condições de discutir sobre o assunto.
- Nosso mundo será o primeiro a ser invadido pelos sugadores, não temos mais exército, nem ao menos núcleo de força da magia, somos uma presa fácil para Walddor.
- Irei ao encontro do Redentor, alguém irá avisá-lo sobre a resposta.
- Seja breve, não temos muito tempo, apenas duas luas.
O mago segue seu caminho para leste da floresta Quiorå, lugar onde delimita o portal de Gæl mundo dos magos, e o portal de Redentorium mundo das feras. Perto da entrada de Gæl, o mago se depara com gotas de sangue e cheiro de madeira queimada, enquanto entra na chamada terra cinza, observa alguns corpos mutilados e com a coloração do corpo pálida. Ele sabia em sua própria expressão que, o inferno ardor da guerra já havia passado por aquele mundo, os sugadores já haviam começado seus ataques impiedosos com o intuito de extinção de outros seres sobrenaturais.